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Deputados da Zona Oeste abandonaram a UEZO
Maquete abandonada do futuro Campus
A UEZO – Centro Universitário Estadual da Zona Oeste agoniza desde a sua fundação a quase 15 anos. Sem plano de carreira para seus funcionários e local para se instalar – funciona no prédio da Escola Normal Sara Kubstchek – a instituição símbolo do progresso da Zona Oeste tem perdido quadros valiosos por não atender a seus anseios profissionais e deixado de atender à população da Zona Oeste por limitações físicas e administrativas. Nesse momento, a proposta é extingui-la, incorporando-a à Uerj, proposta que só resolve a questão dos funcionários – servidores e professores da Uezo ingressariam imediatamente nos planos de carreira da Uerj -; e em nada garantiria que a UEZO ganharia um Campus próprio ou que seus alunos não teriam que estudar no Campus Maracanã ou outro que a Uerj indicar – essa também é a preocupação de alunos e pais de alunos-, além de quase toda a sociedade local, que vê a Uezo como um símbolo de desenvolvimento econômico e social, porta de entrada do conhecimento tecnológico que tanto faz falta no currículo de jovens e adolescentes da região que não conseguem se empregar nos distritos industriais de Santa Cruz, Palmares e Campo Grande.
Durante todos esses anos muitos deputados e governadores acenaram com soluções, sem contudo materializa-las. O terreno na Avenida Brasil – Distrito Industrial de Campo Grande – doado pelo governo Sergio Cabral; as diversas audiências públicas, plebiscitos, que discutiram as questões da instituição no que tange à aquisição de sede própria, o repasse dos duodécimos, progressões funcionais, assistência estudantil, dentre outros pontos, foram os engodos de então. Curiosamente, os cinco deputados da Zona Oeste – Thiago Pampolha, Jorge Felippe Neto, Lucinha, Márcio Gualberto e Coronel Jairo – nunca discutiram efetivamente o problema. Falta compromisso político e respeito à lei que criou a instituição, bem como a sociedade local.
Recentemente, a Uezo abriu um processo junto a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação – SECTI para a compra de um espaço para a instalação do Campus da UEZO. O ofício enviado à Secretaria Estadual de Infraestrutura e Obras foi prontamente atendido pelo secretário estadual de Infraestrutura e Obras, entretanto, estranhamente, mesmo depois da realização de uma visita técnica a um espaço que poderia sediar a Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO, feita pelo Instituto Estadual de Engenharia e Arquitetura (IEEA), o assunto saiu de pauta. Algumas especulações de fontes que não querem ser identificadas, disseram que o valor foi superdimensionado, levantando suspeitas na Alerj, o que teria adiado a tomada de decisão. Segundo o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, deputado Waldeck Carneiro (PT), o presidente da Casa, deputado André Ceciliano (PT), já tinha se comprometido a doar recursos do legislativo para a realização da compra do Campus do antigo Centro Universitário Moacyr Bastos.
O último capítulo da novela aconteceu no final do mês passado quando o governador do Rio encaminhou à Assembleia Legislativa do Estado – Alerj- mensagem com a proposta de incorporação da UEZO à UERJ. Como a mensagem saiu de pauta e ainda não tem data marcada, a sociedade da Zona Oeste ainda sonha com a consolidação da UEZO.